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Morre aos 100 anos Maria Lúcia Godoy, grande cantora lírica 2v28e
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O poeta Ferreira Gullar (1930 – 2016) certa vez comparou a voz de Maria Lúcia Godoy (2 de setembro de 1924 – 15 de maio de 2025) a “um pássaro voando”. Outro poeta, Carlos Drummond de Andrade (1902 – 1987), sentenciou que essa voz era “ouro que não se destrói”.
As percepções e definições dos poetas dão a dimensão do legado de Maria Lúcia Godoy, uma das maiores cantoras líricas do Brasil em todos os tempos.
Com voz de soprano que encantou artistas e políticos como Juscelino Kubitscheck (1902 – 1976), o conterrâneo JK, a artista mineira voou alto pelo mundo ao longo dos 100 anos de vida encerrada na noite de ontem, em Belo Horizonte (MG).
De causa não revelada, a morte de Maria Lúcia Godoy enluta o meio lírico brasileiro e, em especial, os iradores dessa cantora que está sendo velada desde as 10h de hoje, 16 de maio, no foyer do Palácio das Artes, na capital mineira, onde o corpo de Maria Lúcia será sepultado no Cemitério do Bonfim em cerimônia prevista para as 17h.
Nascida em Mesquita (MG), município mineiro do Vale do Rio Doce, a cantora se mudou para Belo Horizonte (MG) ainda na infância e, da capital mineira, migrou para o Rio de Janeiro (RJ) e a Europa, onde se aperfeiçoou na arte do canto.
Considerada a principal intérprete da obra do compositor carioca Heitor Villa-Lobos (1887 – 1959), na avaliação da antecessora Bidu Sayão (1902 – 1999), Maria Lúcia Godoy começou a alçar voo como solista principal do grupo coral Madrigal Renascentista, fundado em 1956. Com o Madrigal, a cantora percorreu o mundo.
A obra fonográfica de Maria Lúcia Godoy é composta por 20 álbuns, sendo que o último, Acalantos, foi lançado em 2012, dois antes da última apresentação da artista em 2014 no mesmo Palácio das Artes que hoje abre as portas mais cedo para velar a cantora.
A trajetória da cantora transcendeu o universo da música erudita. Godoy cantou óperas e ofereceu interpretação referencial das Bachianas brasileiras nº 5 (Heitor Villa-Lobos, 1938), mas também deu voz a compositores populares do Norte do Brasil no álbum O canto da Amazônia, editado em 1969.
Dez anos depois, em 1979, incursionou pela MPB e apresentou registros das canções Travessia (Milton Nascimento e Fernando Brant, 1967) e Sabiá (Antonio Carlos Jobim e Chico Buarque, 1968) no álbum Maria Lúcia Godoy e a canção popular brasileira e napolitana.
Os poetas tinham razão. O registro de soprano dessa cantora que tinha um pássaro na garganta foi mesmo ouro indestrutível, do mais alto quilate.
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