A Gol anunciou nesta terça-feira a criação do primeiro programa de fidelidade para pequenas e médias empresas. Batizado de VoeBiz, o programa é mais uma iniciativa da empresa para atrair o ageiro corporativo, um público que tradicionalmente representa pelo menos 60% da receita do setor aéreo brasileiro e paga tarifas maiores.

As empresas vão acumular pontos com as viagens corporativas dos seus colaboradores. Elas poderão trocar esses pontos por descontos em bilhetes aéreos. Os ageiros continuarão a pontuar no programa Smiles, voltado para pessoas físicas.

Virada

Criada em 2001 para vender agem para a classe C, a Gol promoveu uma virada no seu negócio a partir de 2012. A companhia mudou o seu serviço para ganhar competitividade entre os ageiros corporativos, um público que paga tarifas maiores nas agens aéreas. Entre as iniciativas, está a criação do assento Gol mais conforto, mas primeiras fileiras do avião.

No primeiro semestre deste ano, o preço médio da agem aérea em voos nacionais foi de R$ 322,44, segundo dados da Agência Nacional de Aviação Civil (Anac). A base da Anac considera os preços de todas as agens vendidas no País, tanto para empresas quanto para pessoas físicas.

Considerando apenas as agens vendidas para empresas, o preço médio foi de R$ 567 no período, segundo dados da Associação Brasileira de Agências de Viagens Corporativas (Abracorp).

O sistema de precificação das empresas aéreas considera fatores como a antecedência da compra e o horário do voo para "decifrar" o perfil do ageiro. Os clientes que viajam a trabalho são menos sensíveis a preços e costumam pagar tarifas maiores para viajar.