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Que fazer, senão torcer para o cordão azul americano? 406d4o

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Enio Lins 31 de outubro de 2024

 Em sua diversificada e atabalhoada forma de eleger quem ocupará a presidência da República, os Estados Unidos vão, em sua esmagadora maioria, às urnas no dia 5 de novembro. Mas a eleição já começou com a coleta dos sufrágios de quem quis votar antecipadamente, como foi o caso do cidadão Joe Biden, atual inquilino da Casa Branca, que votou na segunda-feira, 8, em New Castle, Estado de Delaware. Pelo menos um voto Kamala já tem – teria, pois só vai poder computar depois do término do processo, quando quem vencer naquele Estado vai levar os votos de todos os três delegados delawarianos. O número de delegados varia de Estado para Estado. Califórnia, por exemplo, vai ao Colégio Eleitoral com 54 votos para um único nome chamar de seus. 

QUE MUDA O QUE">Considerando cosméticas as diferenças programáticas (estratégicas) entre Kamala Harris e Donald Trump, é importante prestar atenção aos detalhes. Afinal, vivemos numa área considerada quintal dos Estados Unidos pelos americanos do “neo big stick”. E, justiça seja feita, o governo Joe Biden se negou a apoiar a aventura do golpe bolsonarista antes, durante e depois do 8 de janeiro de 2023... Então vamos lá, digo logo meu “voto”: Kamala é menos pior que Trump, no somatório das maiores e menores maldades entre ela e ele. Por incrível que possa parecer, Donald (como já escrito aqui antes) tem uma posição muito melhor que Harris no quesito OTAN (defendendo a redução dos investimentos naquela aliança militar). E, em relação à guerra entre Rússia e Ucrânia, Donald tem sido mais Putin que Zelensky. No quesito “genocídio contra os palestinos”, ambos são favoráveis aos massacres israelenses, e quando o terrorista Bibi Netanyahu visitou os Estados Unidos (em julho deste ano) foi recebido com honras por Joe Biden, Kamala Harris e Donald Trump. Em relação aos migrantes, ao meio-ambiente e direitos humanos (questões raciais, sociais e LGBTQIA+...), entretanto, Kamala Harris vence de goleada Donald Trump. Isto posto, considerando o grande risco de Trump vencer a eleição, resta torcer pelo cordão azul americano, pois Dona Kamala é muito menos pior.